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sábado, 26 de maio de 2012

Abismo

Estranho, mas sabe quando tudo está indo bem demais e você fica desconfiando e angustiado esperando a hora de tudo dá errado novamente? Então, estou assim. Está tudo caminhando bem, estou feliz comigo mesma, estou feliz com minha família e estou feliz com os poucos - mas verdadeiros - amigos que tenho. Sabe é como se você estivesse alcançando o alto de uma montanha e a única coisa que agora pode ser feita é você saltar - sem medo, sem receio - nesse abismo sem fim, sem saber ao menos o que te espera lá em baixo. Sinceramente, não sei. Pulo? Ou refaço meu caminho de volta para debaixo da montanha? Não posso voltar, estamos neste mundo - louco, complexo, volúvel, etc, etc, etc - para evoluir, para seguir em frente e nunca para regredir. Sem medo e sem angústia eu me atiro nesse abismo, pois o que há de melhor eu já estou vivendo e o que vinher será apenas consequência desse salto. O que irei encontrar lá? Isso também é uma incógnita para mim. O salto é uma necessidade nesse momento, é a única e última saída. Corro e me preparo para a "queda - livre" , mas prefiro manter-me com os olhos bem aberto, quero aproveitar cada segundo. Ao fim - se é que existe um fim - estarei feliz por ter me jogado no desconhecido, pois a vida é isso, um imenso desconhecido que vamos conhecendo com passar dos dias, mas nunca iremos conhece-lá por completo, pois até mesmo a vida tem seu fim e mais uma vez iremos partir para o desconhecido. E por fim como canta Jorge Vercilio em Abismo - que ironia - E o que mais a fazer a não ser me entregar? A não ser não temer? "

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