Pesquisar este blog

domingo, 27 de maio de 2012

Às vezes, o amor dura…



O sol raiou e eu virei a madrugada pensando em um jeito de te dizer que não posso te deixar partir. Pensei em te mandar algumas sms com dicas de alguns filmes em que ao partir o cara deixa para trás o amor de sua vida e que ele nunca mais irá encontra-la novamente e fizesse você parar e refletir antes de partir, mas isso seria tão idiota, eu sei. Pensei em ligar para companhia aérea e cancelar seu voo, mas achei melhor não, se fosse para cancelar essa viagem que fosse você por vontade própria. Pensei em te trancar dentro de casa, pensei em ir uma hora antes de sua viagem, te envolver e fazer amor com você até você perder a noção do tempo e consequentemente a hora do voo. Mas todas essas formas seriam de proposito, não seria de espontânea vontade sua ficar. Aqui. E comigo. Desistir de tentar de encontrar maneiras de fazer você ficar. Porque se for para você ficar que seja de livre e espontânea vontade, assim como no casamento, que você aceita de livre e espontânea vontade. Mas saiba que assim como no casamento, eu estarei com você na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até o fim de nossos dias eu ficarei com você se você desistir de me abandonar. Porque isso é abandono. Não apenas abandono de mim. Mas você estará abandonando o nosso amor, o nós que existe entre a gente, estará desatado os nós da nossa relação tão rica. Se voltares estarei aqui, te esperando em minha casa, tomando aquele velho vinho, escutando nossa música e deitada na cama, apenas te esperando para compartilhar e aquecê-la. Mas seres partir, vá. E não olhe para trás para saber o que restou, de mim e desse amor, que pensei que fosse nosso. Mas as vezes o amor dura, só as vezes…
Faltava apenas 30 min para ele pegar o avião quando recebeu o email. E então respondeu:
Esperei a sms, isso seria típico de você, algo tão idiota, mas tão lindo. Esperei você cancelar a passagem, liguei para companhia várias vezes. Esperei você vim aqui em casa, mudei os lençóis da cama, comprei aquelas tulipas que você adora e até um champanhe para brindarmos, mas você não veio. Por um momento pensei que você me deixaria partir, assim, de livre e espontânea vontade, sem fazer nada para impedir. Abrir meu email várias vezes e nada. Vi o celular mais outras vezes e nada. Porque me deixaria partir? Porque desistiria de nós, de nossos nós tão atados? Seria assim tão fraco esse amor? Pensei em te ligar e perguntar o que de errado estava acontecendo, porque você me deixaria partir assim, sem fazer esforço algum para impedir. Mas hesitei você teria seus motivos. Peguei minha mala. Olhei várias vezes aquela passagem para Europa, estava ali na minha frente uma oportunidade única de investir e progredir em minha carreira profissional, e estava aqui dentro do meu coração a razão pela qual eu vivo, você. Faltavam apenas 15 mim, eu estava caminhando para o embarque quando o toque abafado do celular me alertou novo email. Eu sentia que seria seu. Quando li voltei. Agora estou a caminho de nossa casa, para comemorarmos tomando nosso belo vinho, escutando ‘Someone like you’ e aquecendo nossa cama. Te amo, me espera. As vezes o amor dura, e o nosso vai durar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário